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Processo e equipe de design

Processo e equipe de design

Bill Boeing fundou a Boeing acreditando que ele poderia construir algo melhor. Essa filosofia continua até os dias de hoje e pode ser vista na cultura de melhoria contínua da Boeing. Quando a Boeing busca inovação e transformação, ela o faz de maneira disciplinada, rigorosa e completa, minuciosa, empregando uma equipe que atrai as mentes mais brilhantes do setor.

Para os fabricantes de aviões comerciais, como a Boeing, as mudanças nos produtos são motivadas pela necessidade de se adaptar às condições de mercado em evolução e acompanhar os avanços da tecnologia. Fabricantes como a Boeing também introduzem mudanças no design baseadas em aprendizados com a frota em serviço. O objetivo é inovar de forma a melhorar a experiência do setor e dos passageiros, sempre mantendo a segurança dos passageiros e da tripulação como a maior prioridade. Os objetivos da Boeing ao realizar uma mudança em seus produtos incluem:

  • Melhorar a segurança e o bem-estar dos passageiros e da tripulação.
  • Fazer melhorias de design que gerem eficiências e economia de custos.
  • Aumentar a eficiência e o desempenho do avião.
  • Cumprir com os novos requisitos regulamentares.
  • Atender aos novos requisitos do cliente.
  • Abordar peças e materiais obsoletos.

Mobilizando a Melhor Equipe

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uando a necessidade de uma mudança de produto é identificada, a Boeing utiliza dezenas de milhares de engenheiros ao redor do mundo que têm experiência e conhecimento em aviões comerciais, defesa, espaço e segurança. Quando um projeto exige conhecimento profundo em um campo específico, a Boeing pode envolver os especialistas mais qualificados e informados.

Os recursos disponíveis para a Boeing incluem o grupo de cerca de 1.900 peritos técnicos que fazem parte do programa Boeing Technical Fellowship. Estes membros possuem profundo conhecimento em mais de 40 disciplinas e diferentes tecnologias, que representam algumas das principais mentes da indústria e são frequentemente acionados para resolver os mais complexos desafios técnicos, de engenharia e científicos, da empresa. Entre os colaboradores da Boeing também se incluem quase 3.000 inventores ativos. No total, nossos colaboradores detêm quase 100 mil diplomas de bacharelado ou superiores. Além disso, nossos colaboradores possuem mais de 1,75 milhão de certificações, das quais mais de 400 mil são específicas para produção. No início de 2019, a Boeing detinha mais de 22.000 patentes ativas em todo o mundo.

Perguntas frequentes sobre o processo de design

A Boeing segue um processo rigoroso e disciplinado desde as primeiras fases de um programa até a entrega e entrada da vida útil de um avião.

A Boeing segue um processo rigoroso e disciplinado desde as primeiras fases de um programa até a entrega e entrada da vida útil de um avião.

Esse processo "controlado" (gated) para uma proposta de mudança começa quando os engenheiros da Boeing descrevem uma solução que inclui a consideração de todos os requisitos de segurança, peso, medidas de desempenho técnico e configuração. A solução proposta é então submetida a mais de uma dúzia de análises distintas, que são avaliações detalhadas conduzidas em intervalos programados pelos líderes do programa, trabalhando em conjunto com especialistas técnicos, funcionais e especialistas da área de conhecimento especifica.

Especialistas externos também contribuem com os principais líderes de outros programas da Boeing, líderes e executivos aposentados da Boeing e fornecedores que compartilham seus conhecimentos para garantir um design seguro e com boa aeronavegabilidade. As análises contemplam requisitos de configuração e desempenho do avião, ensaios e certificação, planos de produção, fornecedores e parceiros, tecnologia e planos integrados de programas.

Após uma proposta aprovada, a área de Engenharia trabalha com várias organizações e fornecedores. Um comitê de análise de avaliação de impacto é convocado para garantir que todos os grupos tenham sido identificados e tenham recebido informações. Somente nesse momento é tomada a decisão de prosseguir com uma alteração de projeto.

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Para um programa de desenvolvimento, o processo começa durante a fase de desenvolvimento do produto, quando os engenheiros definem exigências de desempenho, sistemas, físicos e estruturais. Quando mudanças precisam ser feitas em um avião em produção, a certificação começa com a solicitação de alteração ou com a autorização de alteração.

O processo continua assim que o avião estiver em serviço. Os conselhos de análise técnica do programa com os principais engenheiros de projeto e chefes de frota monitoram regularmente a frota em serviço para avaliar seu desempenho e quaisquer problemas operacionais. Análises técnicas detalhadas para encontrar soluções para questões que surgem são coordenadas com os clientes, agências reguladoras e a indústria - até mesmo concorrentes, em casos de questões que afetem segurança.

A Boeing está sujeita à autoridade regulatória e à supervisão da Administração Federal de Aviação (FAA) durante todo o amplo processo que permite o lançamento de um novo programa, ou um derivado. Essa interação disciplinada é crucial para a progressão de qualquer alteração no design.

Os processos de certificação são descritos no Título 14 do Código de Regulamentações Federais (CFR, sigla em inglês), Parte 21. Um avião não pode entrar em serviço a menos que um fabricante tenha demonstrado ao FAA que ele se encontra em conformidade com todos os requisitos de certificação.

A segurança das tripulações e dos passageiros de um avião é a principal consideração quando os engenheiros da Boeing desenvolvem um novo avião ou um derivado. A segurança está no âmago de tudo o que fazemos - como pessoas, como empresa, como indústria. Nossa missão é conectar com segurança e eficiência pessoas, culturas, economias, ideias e lugares. E é isso que nós da Boeing nos empenhamos em fazer todos os dias.

Às vezes, mudanças nas exigências de companhias aéreas ou passageiros, regulamentações de aviação e ambientais, e avanços na tecnologia garantem a criação de um avião totalmente novo. Mas frequentemente, o melhor plano de ação é atualizar um modelo de avião existente. Isso permite que os avanços tecnológicos e a inovação sejam utilizados mais cedo.

Os derivados de um avião passam pelo mesmo processo de desenvolvimento rigoroso e controlado, e reúnem o mesmo nível de análise e avaliação de engenharia que os programas “totalmente novos”. Cada alteração está sujeita a discussões, análises e ensaios robustos. No caso do 737 MAX, anos de trabalho e ensaios foram feitos nas mudanças feitas na aeronave.

Quando o processo de criação de uma nova tecnologia, ou a atualização de uma existente, começa, engenheiros e especialistas de uma ampla variedade de formações são propositadamente integrados a cada nova equipe. Essa colaboração aproveita a experiência adquirida ao longo dos anos e garante que as equipes atuais aprendam com as experiências de teste e em serviço de programas anteriores.

Outro processo importante é a utilização de Non-Advocate Reviews (NARs). As NARs trazem especialistas que não estiveram envolvidos em um design específico, mas com treinamento técnico especializado e expertise, para painéis de análise para garantir que o design seja confiável. A Boeing utiliza essa prática há décadas - um exemplo recente ocorreu durante o problema da bateria do 787 - no qual a NAR desempenhou um papel fundamental na análise da solução e na garantia de sua segurança e eficácia.